domingo, 26 de outubro de 2008

Movimentos Literários

Pra terminar bem este final de semana ensolarado, um compacto com todos os períodos literários do Brasil e de Portugal, contendo principais autores e obras, e as caracteríscas de cada um.



Boa semana!

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Evento discute literatura brasileira contemporânea e universo digital

A Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) promove no dia 8 de novembro a VII Jornada de Literatura. O objetivo do evento é propiciar a reflexão crítica sobre a Literatura brasileira contemporânea, em poesia e prosa, em contato com o universo digital.

Dirigido a alunos de Literatura e Letras, Comunicação e Mídias Digitais, além de editores, professores da rede pública de ensino e interessados em geral na temática da literatura contemporânea no universo digital.

A jornada acontecerá na Rua Ministro Godói, 969 – Perdizes, São Paulo (SP) Prédio Novo - 3º Andar - Auditório 333.

Mais informações e inscrições pelo telefone (0xx11) 3124-9600, www.pucsp.br/cogeae e infocogeae@pucsp.br.

Via: Vida Universitária

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Figuras de Linguagem: 4 - Figuras de Sintaxe

As figuras de sintaxe ou de construção dizem respeito a desvios em relação à concordância entre os termos da oração, sua ordem, possíveis repetições ou omissões.

Elas podem ser construídas por:

a) omissão: assíndeto, elipse e zeugma;
b) repetição: anáfora, pleonasmo e polissíndeto;
c) inversão: anástrofe, hipérbato, sínquise e hipálage;
d) ruptura: anacoluto;
e) concordância ideológica: silepse.

Portanto, são figuras de construção ou sintaxe:

a) assíndeto
b) anáfora
c) anástrofe
d) hipálage
e) elipse
f) pleonasmo
g) hiperbato
h) anacoluto
i) zeugma
j) polissíndeto
l) sínquise
m) silepse


Assíndeto

Ocorre assíndeto quando orações ou palavras deveriam vir ligadas por conjunções coordenativas, aparecem justapostas ou separadas por vírgulas.

Exigem do leitor atenção maior no exame de cada fato, por exigência das pausas rítmicas (vírgulas).

Exemplo:

"Não nos movemos, as mãos é que se estenderam pouco a pouco, todas quatro, pegando-se, apertando-se, fundindo-se."
(Machado de Assis)


Elipse

Ocorre elipse quando omitimos um termo ou oração que facilmente podemos identificar ou subentender no contexto. Pode ocorrer na supressão de pronomes, conjunções, preposições ou verbos. É um poderoso recurso de concisão e dinamismo.

Exemplo:

"Veio sem pinturas, em vestido leve, sandálias coloridas."(1)

-> 1: Elipse do pronome ela (Ela veio) e da preposição de (de sandálias...)


Zeugma

Ocorre zeugma quando um termo já expresso na frase é suprimido, ficando subentendida sua repetição.

Exemplo:

"Foi saqueada a vida, e assassinados os partidários dos Felipes."(1)
(Camilo Castelo Branco)
-> 1: Zeugma do verbo: "e foram assassinados..."


Anáfora

Ocorre anáfora quando há repetição intencional de palavras no início de um período, frase ou verso.

Exemplo:

"Depois o areal extenso...
Depois o oceano de pó...
Depois no horizonte imenso
Desertos... desertos só..."
(Castro Alves)


Pleonasmo

Ocorre pleonasmo quando há repetição da mesma idéia, isto é, redundância de significado.

a) Pleonasmo literário

É o uso de palavras redundantes para reforçar uma idéia, tanto do ponto de vista semântico quanto do ponto de vista sintático. Usado como um recurso estilístico, enriquece a expressão, dando ênfase à mensagem.

Exemplo:

"Iam vinte anos desde aquele dia
Quando com os olhos eu quis ver de perto
Quando em visão com os da saudade via."
(Alberto de Oliveira)

"Morrerás morte vil na mão de um forte."
(Gonçalves Dias)

"Ó mar salgado, quando do teu sal
São lágrimas de Portugal"
(Fernando Pessoa)

b) Pleonasmo vicioso

É o desdobramento de idéias que já estavam implícitas em palavras anteriormente expressas. Pleonasmos viciosos devem ser evitados, pois não têm valor de reforço de uma idéia, sendo apenas fruto do descobrimento do sentido real das palavras.

Exemplos:

"subir para cima"
"repetir de novo"
"hemorragia de sangue"
"breve alocução"
"entrar para dentro"
"ouvir com os ouvidos"
"monopólio exclusivo"
"principal protagonista"


Polissíndeto

Ocorre polissíndeto quando há repetição enfática de uma conjunção coordenativa mais vezes do que exige a norma gramatical ( geralmente a conjunção e). É um recurso que sugere movimentos ininterruptos ou vertiginosos.

Exemplo:

"Vão chegando as burguesinhas pobres,
e as criadas das burguesinhas ricas
e as mulheres do povo, e as lavadeiras da redondeza."
(Manuel Bandeira)


Anástrofe

Ocorre anástrofe quando há uma simples inversão de palavras vizinhas (determinante/determinado).

Exemplo:

"Tão leve estou(1) que nem sombra tenho."
(Mário Quintana)
-> 1: Estou tão leve...


Hipérbato

Ocorre hipérbato quando há uma inversão completa de membros da frase.

Exemplo:

"Passeiam à tarde, as belas na Avenida."(1)
(Carlos Drummond de Andrade)
-> 1: As belas passeiam na Avenida à tarde.


Sínquise

Ocorre sínquise quando há uma inversão violenta de distantes partes da frase. É um hipérbato exagerado.

Exemplo:

"A grita se alevanta ao Céu, da gente."(1)
(Camões)
-> 1: A grita da gente se alevanta ao Céu.


Hipálage

Ocorre hipálage quando há inversão da posição do adjetivo: uma qualidade que pertence a uma objeto é atribuída a outro, na mesma frase.

Exemplo:

"... as lojas loquazes dos barbeiros."(2)
(Eça de Queiros)
-> 2: ... as lojas dos barbeiros loquazes.


Anacoluto

Ocorre anacoluto quando há interrupção do plano sintático com que se inicia a frase, alterando-lhe a seqüência lógica. A construção do período deixa um ou mais termos - que não apresentam função sintática definida - desprendidos dos demais, geralmente depois de uma pausa sensível.

Exemplo:

"Essas empregadas de hoje, não se pode confiar nelas."
(Alcântara Machado)


Silepse

Ocorre silepse quando a concordância não é feita com as palavras, mas com a idéia a elas associada.

a) Silepse de gênero

Ocorre quando há discordância entre os gêneros gramaticais (feminino ou masculino).

Exemplo:

"Quando a gente é novo, gosta de fazer bonito."
(Guimarães Rosa)

b) Silepse de número

Ocorre quando há discordância envolvendo o número gramatical (singular ou plural).

Exemplo:

Corria gente de todos lados, e gritavam."
(Mário Barreto)

c) Silepse de pessoa

Ocorre quando há discordância entre o sujeito expresso e a pessoa verbal: o sujeito que fala ou escreve se inclui no sujeito enunciado.

Exemplo:

"Na noite seguinte estávamos reunidas algumas pessoas."
(Machado de Assis)

Fonte: Cola da Web

Figuras de Linguagem: 3 - Figuras de Pensamento

As figuras de pensamento são recursos de linguagem que se referem ao significado das palavras, ao seu aspecto semântico.

São figuras de pensamento:

a) antítese
b) eufemismo
c) ironia
d) apóstrofe
e) gradação
f) prosopopéia
g) paradoxo
h) hipérbole
i) perífrase


Antítese

Ocorre antítese quando há aproximação de palavras ou expressões de sentidos opostos.

Exemplo:

"Amigos ou inimigos estão, amiúde, em posições trocadas. Uns nos querem mal, e fazem-nos bem. Outros nos almejam o bem, e nos trazem o mal."
(Rui Barbosa)


Apóstrofe

Ocorre apóstrofe quando há invocação de uma pessoa ou algo, real ou imaginário, que pode estar presente ou ausente. Corresponde ao vocativo na análise sintática e é utilizada para dar ênfase à expressão.

Exemplo:

"Deus! ó Deus! onde estás, que não respondes?"
(Castro Alves)


Paradoxo

Ocorre paradoxo não apenas na aproximação de palavras de sentido oposto, mas também na de idéias que se contradizem referindo-se ao mesmo termo. É uma verdade enunciada com aparência de mentira. Oxímoro (ou oximoron) é outra designação para paradoxo.

Exemplo:

"Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;"
(Camões)


Eufemismo

Ocorre eufemismo quando uma palavra ou expressão é empregada para atenuar uma verdade tida como penosa, desagradável ou chocante.

Exemplo:

"E pela paz derradeira(1) que enfim vai nos redimir Deus lhe pague".
(Chico Buarque)
-> 1: paz derradeira: morte


Gradação

Ocorre gradação quando há uma seqüência de palavras que intensificam uma mesma idéia.

Exemplo:

"Aqui... além... mais longe por onde eu movo o passo."
(Castro Alves)


Hipérbole

Ocorre hipérbole quando há exagero de uma idéia, a fim de proporcionar uma imagem emocionante e de impacto.

Exemplo:

"Rios te correrão dos olhos, se chorares!"
(Olavo Bilac)


Ironia

Ocorre ironia quando, pelo contexto, pela entonação, pela contradição de termos, sugere-se o contrário do que as palavras ou orações parecem exprimir. A intenção é depreciativa ou sarcástica.

Exemplo:

"Moça linda, bem tratada,
três séculos de família,
burra como uma porta:
um amor."
(Mário de Andrade)


Prosopopéia

Ocorre prosopopéia (ou animização ou personificação) quando se atribui movimento, ação, fala, sentimento, enfim, caracteres próprios de seres animados a seres inanimados ou imaginários.

Também a atribuição de características humanas a seres animados constitui prosopopéia o que é comum nas fábulas e nos apólogos, como este exemplo de Mário de Quintana: "O peixinho (...) silencioso e levemente melancólico..."

Exemplos:

"... os rios vão carregando as queixas do caminho."
(Raul Bopp)

Um frio inteligente (...) percorria o jardim..."
(Clarice Lispector)


Perífrase

Ocorre perífrase quando se cria um torneio de palavras para expressar algum objeto, acidente geográfico ou situação que não se quer nomear.

Exemplo:

"Cidade maravilhosa
Cheia de encantos mil
Cidade maravilhosa
Coração do meu Brasil."
(André Filho)

Fonte: Fonte: Cola da Web

Figuras de Linguagem: 2 - Figuras de Harmonia

Chamam-se figuras de som ou de harmonia os efeitos produzidos na linguagem quando há repetição de sons ou, ainda, quando se procura "imitar"sons produzidos por coisas ou seres.

As figuras de harmonia ou de som são:

a) aliteração
b) paronomásia
c) assonância
d) onomatopéia


Aliteração

Ocorre aliteração quando há repetição da mesma consoante ou de consoantes similares, geralmente em posição inicial da palavra.

Exemplo:

"Toda gente homenageia Januária na janela."
(Chico Buarque)


Assonância

Ocorre assonância quando há repetição da mesma vogal ao longo de um verso ou poema.

Exemplo:
"Sou Ana, da cama
da cana, fulana, bacana
Sou Ana de Amsterdam."
(Chico Buarque)


Paronomásia

Ocorre paronomásia quando há reprodução de sons semelhantes em palavras de significados diferentes.

Exemplo:

"Berro pelo aterro pelo desterro
berro por seu berro pelo seu erro
quero que você ganhe que você me apanhe
sou o seu bezerro gritando mamãe."
(Caetano Veloso)


Onomatopéia

Ocorre quando uma palavra ou conjunto de palavras imita um ruído ou som.

Exemplo:

"O silêncio fresco despenca das árvores.
Veio de longe, das planícies altas,
Dos cerrados onde o guaxe passe rápido...
Vvvvvvvv... passou."
(Mário de Andrade)

"Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-r eterno."
(Fernando Pessoa)

Fonte: Cola da Web

Figuras de Linguagem: 1 - Figuras de Palavra

As figuras de palavra consistem no emprego de um termo com sentido diferente daquele convencionalmente empregado, a fim de se conseguir um efeito mais expressivo na comunicação.

São figuras de palavras:

a) comparação
b) metáfora
c) metonímia
d) sinédoque
e) catacrese
f) sinestesia
g) antonomásia
h) alegoria


Comparação

Ocorre comparação quando se estabelece aproximação entre dois elementos que se identificam, ligados por conectivos comparativos explícitos - feito, assim como, tal, como, tal qual, tal como, qual, que nem - e alguns verbos - parecer, assemelhar-se e outros.


Exemplos:

"Amou daquela vez como se fosse máquina.
Beijou sua mulher como se fosse lógico."
(Chico Buarque)

"As solteironas, os longos vestidos negros fechados no pescoço, negros xales nos ombros, pareciam aves noturnas paradas..."
(Jorge Amado)


Metáfora

Ocorre metáfora quando um termo substitui outro através de uma relação de semelhança resultante da subjetividade de quem a cria. A metáfora também pode ser entendida como uma comparação abreviada, em que o conectivo não está expresso, mas subentendido.

Exemplo:

"Supondo o espírito humano uma vasta concha, o meu fim, Sr. Soares, é ver se posso extrair pérolas, que é a razão."
(Machado de Assis)


Metonímia

Ocorre metonímia quando há substituição de uma palavra por outra, havendo entre ambas algum grau de semelhança, relação, proximidade de sentido ou implicação mútua. Tal substituição fundamenta-se numa relação objetiva, real, realizando-se de inúmeros modos:

· o continente pelo conteúdo e vice-versa:
"Antes de sair, tomamos um cálice(1) de licor."
-> 1: O conteúdo de um cálice.

· a causa pelo efeito e vice-versa:
"E assim o operário ia
Com suor e com cimento(2)
Erguendo uma casa aqui
Adiante um apartamento."
(Vinicius de Moraes)
-> 2: Com trabalho.

· o lugar de origem ou de produção pelo produto:
"Comprei uma garrafa do legítimo porto(3)."
-> 3: O vinho da cidade do Porto.

· o autor pela obra:
"Ela parecia ler Jorge Amado(4)."
-> 4: A obra de Jorge Amado.

· o abstrato pelo concreto e vice-versa:
"Não devemos contar com o seu coração(5)."
-> 5: Sentimento, sensibilidade.

· o símbolo pela coisa simbolizada:
"A coroa(6) foi disputada pelos revolucionários."
-> 6: O poder.

· a matéria pelo produto e vice-versa:
"Lento, o bronze(7) soa."
-> 7: O sino.

· o inventor pelo invento:
"Edson(8) ilumina o mundo."
-> 8: A energia elétrica.

· a coisa pelo lugar:
"Vou à Prefeitura(9)."
-> 9: Ao edifício da Prefeitura.

· o instrumento pela pessoa que o utiliza:
"Ele é um bom garfo(10)."
-> 10: Guloso, glutão.


Sinédoque

Ocorre sinédoque quando há substituição de um termo por outro, havendo ampliação ou redução do sentido usual da palavra numa relação quantitativa. Encontramos sinédoque nos seguintes casos:

· o todo pela parte e vice-versa:
"A cidade inteira(1) viu assombrada, de queixo caído, o pistoleiro sumir de ladrão, fugindo nos cascos(2) de seu cavalo."
(J. Cândido de Carvalho)
-> 1: O povo.
-> 2: Parte das patas.

· o singular pelo plural e vice-versa:
"O paulista(3) é tímido; o carioca(4), atrevido."
-> 3: Todos os paulistas.
-> 4: Todos os cariocas.

· o indivíduo pela espécie (nome próprio pelo nome comum):
"Para os artistas ele foi um mecenas(5)."
-> 5: Protetor.

* Modernamente, a metonímia engloba a sinédoque.


Catacrese

A catacrese é um tipo de especial de metáfora, "é uma espécie de metáfora desgastada, em que já não se sente nenhum vestígio de inovação, de criação individual e pitoresca. É a metáfora tornada hábito lingüístico, já fora do âmbito estilístico."
(Othon M. Garcia)

São exemplos de catacrese:

"folhas de livro"
"dente de alho"
"céu da boca"
"mão de direção"
"asa da xícara"
"pele de tomate"
"montar em burro"
"cabeça de prego"
"ventre da terra"
"sacar dinheiro no banco"


Sinestesia

A sinestesia consiste na fusão de sensações diferentes numa mesma expressão. Essas sensações podem ser físicas (gustação, audição, visão, olfato e tato) ou psicológicas (subjetivas).

Exemplo:

"A minha primeira recordação é um muro velho, no quintal de uma casa indefinível. Tinha várias feridas no reboco e veludo de musgo. Milagrosa aquela mancha verde [sensação visual] e úmida, macia [sensações táteis], quase irreal."
(Augusto Meyer)


Antonomásia

Ocorre antonomásia quando designamos uma pessoa por uma qualidade, característica ou fato que a distingue.

Na linguagem coloquial, antonomásia é o mesmo que apelido, alcunha ou cognome, cuja origem é um aposto (descritivo, especificativo etc.) do nome próprio.

Exemplos:

"E ao rabi simples(1), que a igualdade prega,
Rasga e enlameia a túnica inconsútil;
(Raimundo Correia)
-> 1: Cristo

Pelé (= Edson Arantes do Nascimento)
O Cisne de Mântua (= Virgílio)
O poeta dos escravos (= Castro Alves)
O Dante Negro (= Cruz e Souza)
O Corso (= Napoleão)


Alegoria

A alegoria é uma acumulação de metáforas referindo-se ao mesmo objeto; é uma figura poética que consiste em expressar uma situação global por meio de outra que a evoque e intensifique o seu significado. Na alegoria, todas as palavras estão transladadas para um plano que não lhes é comum e oferecem dois sentidos completos e perfeitos - um referencial e outro metafórico.


Exemplo:

"A vida é uma ópera, é uma grande ópera. O tenor e o barítono lutam pelo soprano, em presença do baixo e dos comprimários, quando não são o soprano e o contralto que lutam pelo tenor, em presença do mesmo baixo e dos mesmos comprimários. Há coros numerosos, muitos bailados, e a orquestra é excelente..."
(Machado de Assis)

Fonte: Cola da Web

Figuras de Linguagem

Vou dividir em 4 posts um material que encontrei no site Cola da Web e será de muita serventia para os estudos!

Como é longo, vou deixar aqui a explicação que o site traz sobre as Figuras de Linguagem e depois colocarei os próximos quatro sobre cada tipo de figura.
Qualquer dúvida, podemos conversar durante as aulas. Ok?

***
Figuras de Linguagem

As figuras de linguagem ou de estilo são empregadas para valorizar o texto, tornando a linguagem mais expressiva. É um recurso lingüístico para expressar experiências comuns de formas diferentes, conferindo originalidade, emotividade ou poeticidade ao discurso.

As figuras revelam muito da sensibilidade de quem as produz, traduzindo particularidades estilísticas do autor. A palavra empregada em sentido figurado, não- denotativo, passa a pertencer a outro campo de significação, mais amplo e criativo.

As figuras de linguagem classificam-se em:

a) figuras de palavras;
b) figuras de harmonia;
c) figuras de pensamento;
d) figuras de construção ou sintaxe.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

O Noivado do Sepulcro, de Soares de Passos

Como havia prometido postar o texto do Soares de Passos nessa semana, aqui está!
Até porque estou muito "byroniana" neste final de semana, e um poema fúnebre cai bem! rssss

Deixo também aqui um vídeo que encontrei no YouTube.

É uma leitura do poema feito para um trabalho de escola, então os alunos combinaram poema e música. O resultado ficou bom!

E bem diferente da minha leitura. Queria ter sotaque português, confesso! rss

Então agora deixo com vocês o texto e o vídeo.

E só pra relembrar, amanhã, 18/10/08, estarei no cursinho a partir das 14h00, no plantão. Quem tiver dúvidas é só chegar! ;)

Ok?

Bom final de semana!
Nos vemos na próxima aula!

*****



O Noivado do Sepulcro
Soares de Passos

Vai alta a lua! na mansão da morte
Já meia-noite com vagar soou;
Que paz tranquila; dos vaivéns da sorte
Só tem descanso quem ali baixou.

Que paz tranquila!... mas eis longe, ao longe
Funérea campa com fragor rangeu;
Branco fantasma semelhante a um monge,
D'entre os sepulcros a cabeça ergueu.

Ergueu-se, ergueu-se!... na amplidão celeste
Campeia a lua com sinistra luz;
O vento geme no feral cipreste,
O mocho pia na marmórea cruz.

Ergueu-se, ergueu-se!... com sombrio espanto
Olhou em roda... não achou ninguém...
Por entre as campas, arrastando o manto,
Com lentos passos caminhou além.

Chegando perto duma cruz alçada,
Que entre ciprestes alvejava ao fim,
Parou, sentou-se e com a voz magoada
Os ecos tristes acordou assim:

"Mulher formosa, que adorei na vida,
"E que na tumba não cessei d'amar,
"Por que atraiçoas, desleal, mentida,
"O amor eterno que te ouvi jurar?

"Amor! engano que na campa finda,
"Que a morte despe da ilusão falaz:
"Quem d'entre os vivos se lembrara ainda
"Do pobre morto que na terra jaz?

"Abandonado neste chão repousa
"Há já três dias, e não vens aqui...
"Ai, quão pesada me tem sido a lousa
"Sobre este peito que bateu por ti!

"Ai, quão pesada me tem sido!" e em meio,
A fronte exausta lhe pendeu na mão,
E entre soluços arrancou do seio
Fundo suspiro de cruel paixão.

"Talvez que rindo dos protestos nossos,
"Gozes com outro d'infernal prazer;
"E o olvido cobrirá meus ossos
"Na fria terra sem vingança ter!

– "Oh nunca, nunca!" de saudade infinda
Responde um eco suspirando além...
– "Oh nunca, nunca!" repetiu ainda
Formosa virgem que em seus braços tem.

Cobrem-lhe as formas divinas, airosas,
Longas roupagens de nevada cor;
Singela c'roa de virgínias rosas
Lhe cerca a fronte dum mortal palor.

"Não, não perdeste meu amor jurado:
"Vês este peito? reina a morte aqui...
"É já sem forças, ai de mim, gelado,
"Mas inda pulsa com amor por ti.

"Feliz que pude acompanhar-te ao fundo
"Da sepultura, sucumbindo à dor:
"Deixei a vida... que importava o mundo,
"O mundo em trevas sem a luz do amor?

"Saudosa ao longe vês no céu a lua?
– "Oh vejo sim... recordação fatal!
– "Foi à luz dela que jurei ser tua
"Durante a vida, e na mansão final.

"Oh vem! se nunca te cingi ao peito,
"Hoje o sepulcro nos reúne enfim...
"Quero o repouso de teu frio leito,
"Quero-te unido para sempre a mim!"

E ao som dos pios do cantor funéreo,
E à luz da lua de sinistro alvor,
Junto ao cruzeiro, sepulcral mistério
Foi celebrada, d'infeliz amor.

Quando risonho despontava o dia,
Já desse drama nada havia então,
Mais que uma tumba funeral vazia,
Quebrada a lousa por ignota mão.

Porém mais tarde, quando foi volvido
Das sepulturas o gelado pó,
Dois esqueletos, um ao outro unido,
Foram achados num sepulcro só.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Foi Demais!

Ufa!
Finalmente um tempinho pra colocar as coisas em dia! ;)

Pessoal, quero deixar aqui o meu MUITO OBRIGADA pela presença de vocês no Altas Horas Práxis!



Valeu pela energia, pelo trabalho, pelas risadas, pelo sono quase deixado de lado, por tudo mesmo!


Valeu todo o cansaço acumulado! rsss

E quero dizer também que amei dar aula com a Katita, e que a gente poderia fazer isso mais vezes! hehehehe

Bom, quem tem Orkut pode me procurar por lá, adicionar meu perfil e fuçar à vontade nas fotos! As que tirei com a minha câmera estão lá! ;)

Quem não tem, depois vou colocar no meu álbum do Picasa. Ok?

Beijos e até a próxima aula!

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Cursinho promove “Altas Horas Práxis”

10/10/2008 - 07:32:00

Sábado à noite é hora de ir para a balada, certo? Não para os alunos do Curso Pré-Vestibular, pelo menos no próximo final de semana.

A partir das 21h de sábado, 11 de outubro, até as 6h de domingo, acontece no pátio do CEIEF “Jamile Caram” o primeiro “Altas Horas Práxis”, organizado pelo Cursinho, que é oferecido pela Prefeitura por meio da Secretaria Municipal da Educação.

Várias atividades estão previstas aos alunos das modalidades Extensivo e Semi, para descontrair sem perder o foco nos estudos. “A idéia é aliviar o estresse com a proximidade dos vestibulares, que começam nas próximas semanas”, diz Fábio da Rocha, coordenador do Cursinho Práxis.

E não é para menos: os alunos começam uma maratona de provas que vai até dezembro, em todas as semanas. Enquanto abrem mão da balada, os vestibulandos vão ter uma noite de aulas diferentes, com vídeos e animação em gincanas de conhecimento, acompanhados de um professor de cada matéria.

Os alunos estão em expectativa. Durante o “Altas Horas”, além das aulas durante toda a noite, também terão um lanche, e a “hora do leite”. E pra quem pensar em se render ao sono, Fábio avisa: “Vamos usar alguns mecanismos ‘anti-cochilo’”!

Ciência e aprendizado

Em setembro, estudos e diversão também marcaram a ida dos alunos ao Hopi Hari, para o “Hopi Science Práxis”. No passeio, desenvolveram conceitos voltados à Física que puderam ser estudados com exemplos das atrações do parque, como a montanha russa.

Além de se responsabilizar pela inscrição dos alunos nos vestibulares, o Cursinho organiza e oferece o transporte para as provas em instituições públicas e particulares, mesmo fora do Estado. Oferece ainda plantões tira-dúvidas e sessões de filmes e debates durante os finais de semana.

De acordo com o coordenador Rudnei Rodrigues, essa forma de trabalho dos profissionais do Cursinho, unido ao esforço dos alunos, é que tem garantido uma forma eficaz de aprendizado e trazido resultados positivos com um número crescente de aprovações.

por Assessoria de Comunicações

Fonte:
Prefeitura Municipal de Limeira

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Romance da Caveira

Na última aula falamos sobre as três fases do Romantismo ocorridas em Portugal e ressaltamos os poemas um tanto quanto mórbidos, com cenas de morte e noite, como "O Noivado do Sepulcro" de Soares Passos.

Sabemos que a exaltação de temas noturnos, morte, melancolia, pessimismo é característica forte da segunda fase do Romantismo em Portugal. No Brasil também houve manifestação equivalente, mas veremos com mais detalhes na próxiuma semana.

Em determinado momento lembramos que há uma música brasileira que fala sobre o amor entre duas caveiras. Acredito que a maioria já ouviu.

Ok! Hoje deixarei aqui no blog a letra dessa música, "Romance da Caveira", interpretada por Alvarenga e Ranchinho, e um vídeo que encontrei no YouTube, feito com cenas do filme "A Noiva Cadáver", de Tim Burton.

Aliás, esse filme conta a lenda de um romance que não poderia acontecer pela rivalidade das famílias, pois a moça era de família rica. Como era apaixonada pelo noivo, combinam de se encontrar à meia noite em frente ao cemitério para fugirem e casarem-se. Então, a moça pega algumas jóias da família, algum dinheiro, e fica a espera do noivo em frente ao cemitério. Quando o noivo chega, a mata porque não a ama; queria sua fortuna. Desde então a noiva aparece à meia noite em frente ao cemitério, esperando que o amor perfeito enfim chegue e case-se com ela. Mas o resto da história vocês saberão quando assistirem ao filme.

E na semana que vem, termino a leitura de "O Noivado do Sepulcro" e em seguida coloco o texto aqui pra vocês!

Por enquanto, fiquem com a música que citei:

Romance da Caveira
Alvarenga e Ranchinho

Eram duas caveiras que se amavam
E à meia noite se encontravam
Pelo cemitério os dois passeavam
E juras de amor então trocavam
Sentados os dois em riba da louza fria
A caveira apaixonada assim dizia
Que pelo caveiro de amor morria
E ele de amores por ela vivia
Ao longe uma coruja cantava alegre
De ver os dois caveiros assim feliz
E quando se beijavam então funébre
A coruja batendo asas pedia bis

Mas um dia chegou de pé junto
Um cadáver novo de um defunto
E a caveira por ele se apaixonou
E o caveiro antigo abandonou
O caveiro tomou uma bebedeira
E matou-se de modo romanesco
Por causa desta ingrata caveira
Que trocou ele por um defunto fresco



Até a próxima aula! ;)

O Romantismo em Portugal

As novas ideologias políticas, econômicas e sociais, vieram intervir na sociedade do século XIII. A influência das revoluções francesa e industrial e do pensamento liberal se deu em todos os campos, e a própria literatura mostra essas influências. A liberdade sobrepuja as regras, a razão predomina sobre a emoção. Instaura-se um novo modo de expressão em toda a Europa e, conseqüentemente em Portugal.

O Romantismo, designa uma tendência geral da vida e da arte, um certo momento delimitado. O comportamento romântico caracteriza-se pelo sonho, pelo devaneio, por uma atitude emotiva, subjetiva, diante das coisas. Afinal, o pensamento romântico vai muito além do que podemos ver; procura desvendar o que estamos sentindo. O Romantismo não conta, faz de conta, idealiza um universo melhor, defendendo a idéia da expressão do eu-lírico, onde prevalece o tom melancólico, falando de solidão e nostalgia.

Enfim, o ideal romântico, tenta colocar o universo que presenciamos, de forma subjetiva, sendo que a expressão do sentimentalismo não precisa obedecer a nenhuma regra, antes adorada pelos clássicos.

INTRODUÇÃO DO ROMANTISMO EM PORTUGAL.

O advento do Romantismo em Portugal, vem apenas confirmar a diluição do Arcadismo.

Portugal, é reflexo dos dois acontecimentos que marcaram e mudaram a face da Europa na segunda metade do século XVIII: a Revolução Francesa e a Revolução Industrial, responsáveis pela abolição da monarquias aristocratas e pela introdução da burguesia que então, dominara a vida política, econômica e social da época. A luta pelo trono em Portugal, se dá com veemência, gerando conturbação e desordem interna na nação.

Com isso, Almeida Garrett acaba por exilar-se na Inglaterra, onde entra em contato com a Obra de Lord Byron e Scott. Ao mesmo tempo, por estar presenciando o Romantismo inglês, envolve-se com o teatro de William Shakespeare.

Em 1825, Garrett publica a narrativa Camões, inspirando-se na epopéia Os Lusíadas. A narrativa deste autor, é uma biografia sentimental de Camões.

Este poema é considerado introdutor do Romantismo em Portugal, por apresentar características que viriam se firmar no espírito romântico: versos decassílabos brancos, vocabulário, subjetivismo, nostalgia, melancolia, e a grande combinação dos gêneros literários.

CARACTERÍSTICAS.

O Romantismo foi encarado como uma nova maneira de se expressar, enfrentar os problemas da vida e do pensamento.

Esta escola, repudiava os clássicos, opondo-se às regras e modelos, procurando a total liberdade de criação, além de defender a "impureza" dos gêneros literários. Com o domínio burguês, ocorre a profissionalização do escritor, que recebe uma remuneração para produzir a obra, enquanto o público paga para consumi-la. O escritor romântico projetava-se para dentro de si, tendo como fonte o eu-lírico, do qual fluía um diverso conteúdo sentimentalista e, muitas vezes, melancólico da vida, do amor e, às vezes, exageradamente, da própria morte. A introversão era característica essencialmente romântica.

A natureza, assim como a mulher são importantes pontos desse momento. O homem, idealizava a mulher como uma deusa, coisa divina e, com isso, retornava ao passado, no trovadorismo, onde as "madames" eram tão sonhadas e desejadas, mesmo que fossem inatingíveis. Ao procurar a mulher de seus sonhos e, então, frustrar-se por não encontrá-la ou, muitas vezes, por encontrá-la e perdê-la, o romântico entrava em constante devaneio. Para amenizar a situação, ao escrever despojava todos os seus anseios, procurando fugir da realidade, usando do escapismo, onde, não raramente, tinha a natureza como confidente. Outra forma de escapismo utilizada, era o escapismo pela obscuridade, onde buscavam o bem-estar nos ambientes fúnebres e obscuros. Essas frustrações tidas por amores ou simples desilusões com a vida, provocaram muitos suicídios. Daí a grande freqüência dos temas de morte nos poemas românticos, o que caracteriza o mal-do-século.

O PRIMEIRO MOMENTO DO ROMANTISMO.

Como toda tendência nova, o Romantismo não veio implantar-se totalmente nos primeiros momentos em Portugal. Inicialmente, buscava-se gradativamente, apagar os modelos clássicos que ainda permeavam o meio sócio-econômico. Os escritores dessa época, eram românticos em espírito, ideal e ação política e literária, mas ainda clássicos em muitos aspectos.

Almeida Garrett.

Almeida Garrett, cultivou a oratória parlamentar, o pensamento pedagógico e doutrinário, o jornalismo, a poesia, a prosa de ficção e o teatro, o qual entrou em contato com o de Shakespeare quando em exílio na Inglaterra. Teve uma vida sentimental bastante atribulada em que se sobressai o seu romance adúltero com a viscondessa da Luz, a qual inspirou seus melhores poemas.

Na poesia, assimilou os moldes clássicos e morreu sem tornar-se romântico autêntico, pois carecia do egocentrismo tão almejado pelos românticos, deixando sua fantasia no teatro e na prosa de ficção. Escreveu Camões (1825), Dona Branca (1826), Folhas Caídas (1853), Viagens na minha terra (1846), dentre outras.

Alexandre Herculano.

Herculano, exilou-se na Inglaterra e na França, criando polêmica com o clero, por participar da lutas liberais. Junto com Garrett, foi um intelectual que atuou bastante nos programas de reformas da vida portuguesa.

Na ficção de Herculano, prevalece o caráter histórico dos enredos, voltados para a Idade Média, enfocando as origens de Portugal como nação. Além disso, ocorrem muitos temas de caráter religioso. Quanto à sua obra não-ficcional, os críticos consideram que renovou a historiografia, uma vez que se baseia não mais em ações individuais, mas no conflito de classes sociais para explicar a dinâmica da história.

Sua obras principais são: A harpa do crente (1838), Eurico, o presbítero (1844), dentre outras.

Castilho.

Castilho, tem como principal papel traduzir poetas clássicos. Sua passagem pelo Romantismo é discreta, mesmo que tenha sido o provocador da Questão Coimbrã.

A história de Castilho é a dum grande mal-entendido: graças à cegueira, que lhe dava um falso brilho de gênio à Milton, mais do que à sua poesia, alcançou injustamente ser venerado como mestre pelos românticos menores. Não obstante válida historicamente, sua poesia caiu em compreensível esquecimento.

O SEGUNDO MOMENTO DO ROMANTISMO.

Neste momento, desfazem-se os enlaces arcádicos que ainda envolviam os escritores da época. Aqui, notamos com plena facilidade o domínio da estética e da ideologia romântica. Os escritores tomam atitudes extremas, transformando-se em românticos descabelados, caindo fatalmente no exagero, tendenciando temas soturnos e fúnebres, tudo expresso numa linguagem fácil e comunicativa.

Soares de Passos.

Soares de Passos constitui a encarnação perfeita do "mal-do-século". Vivendo na própria carne os devaneios de que se nutria a fértil imaginação de tuberculoso, sua vida e sua obra espelham claramente o prazer romântico do escapismo das responsabilidades sociais da época, acabando por cair em extremo pessimismo, um incrível desalento derrotista

Obra: Poesias (1855).



Camilo Castelo Branco.


Casou-se com uma jovem de 15 anos, a quem abandonou com uma filha; em seguida raptou outra moça, sua prima, e com ela passou a viver. Acusado de bigamia, foi preso. Sua primeira esposa morreu e, logo em seguida, a filha. Abandonou a prima e viveu amores passageiros com outra jovem e com uma freira. Uma crise religiosa levou-o a ingressar num seminário, do qual desistiu. Conheceu Ana Plácido, senhora casada que seria o grande amor de sua vida. Ocorre sua primeira tentativa de suicidar-se, diante da impossibilidade de viver com ela. Mas, finalmente passaram a viver juntos o que lhes custou um processo por adultério. Ambos foram presos. Na prisão, Camilo escreveu Amor de Perdição. Absolvidos e morto o marido de Ana, se casaram. Alguns anos depois da morte de Ana, Camilo, vencido pela cegueira, acaba por suicidar-se.

Suas obras principais: Amor de Perdição (1862), Amor de salvação (1864), A queda dum anjo (1866), dentre outras.

O TERCEIRO MOMENTO DO ROMANTISMO.

Acontece aqui, um tardio florescimento literário que corresponde ao terceiro momento do Romantismo, em fusão dos remanescentes do Ultra-Romantismo. Esse período é marcado pela presença de poetas, como João de Deus, Tomás Ribeiro, Bulhão Pato, Xavier de Novais, Pinheiro Chagas e Júlio Dinis, que purificam até o extremo as características românticas.

Tomás Ribeiro mistura a influência de Castilho e de Victor Hugo, o que explica o caráter entre passadista e progressista da sua poesia.

Bulhão Pato começa ultra-romântico e evolui, através duma sátira às vezes cortante, para atitudes realistas e parnasianas.

Faustino Xavier de Novais dirigiu uma folha literária. Satirizou o Ultra-Romantismo.

Manuel Pinheiro Chagas cultivou a poesia de Castilho, que motivou a Questão Coimbrã; a historiografia e a crítica literária.

João de Deus.

João de Deus foi apenas poesia. Lírico de incomum vibração interior, pôs-se à margem da falsa notoriedade e dos ruídos da vida literária e manteve-se fiel até o fim a um desígnio estético e humano que lhe transcendia a vontade e a vaidade. Contemplativo por excelência, sua poesia é a dum "exilado" na terra a mirar coisas vagas e por vezes a se deixar estimular concretamente.


Júlio Dinis.


Os poemas de Júlio Dinis armam-se sobre uma tese moral e teleológica, na medida em que pressupõem uma melhoria, embora remota, para a espécie humana, frontalmente contrária à desesperação e ao amoralismo cético dos ultra-românticos, numa linguagem coerente, lírica e de imediata comunicabilidade. Conduz suas histórias, sempre a um epílogo feliz, não considerando a heroína como "mulher demônio", mas sim como "mulher anjo".

Sua principal obra: As pupilas do senhor reitor.

CONCLUSÃO.

Compreendemos que o Romantismo, não passou de uma forma de repudiar as regras que contornavam e preenchiam o campo literário da época que, juntamente com a ideologia vigente, traziam um enorme descontentamento. Este momento em que a literatura presenciava, talvez fosse, o marco principal para a definitiva liberdade de expressão do pensamento, que viria se firma, tardiamente com o Modernismo.

Fonte:
· Cola da Web

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Romantismo

O romantismo é todo um período cultural, artístico e literário que se inicia na Europa no final do século XVIII, espalhando-se pelo mundo até o final do século XIX.

O berço do romantismo pode ser considerado três países: Itália, Alemanha e Inglaterra. Porém, na França, o romantismo ganha força como em nenhum outro país e, através dos artistas franceses, os ideais românticos espalham-se pela Europa e pela América.
As características principais deste período são : valorização das emoções, liberdade de criação, amor platônico, temas religiosos, individualismo, nacionalismo e história. Este período foi fortemente influenciado pelos ideais do iluminismo e pela liberdade conquistada na Revolução Francesa.

Artes Plásticas

Nas artes plásticas, o romantismo deixou importantes marcas. Artistas como o espanhol Francisco Goya e o francês Eugène Delacroix são os maiores representantes da pintura desta fase. Estes artistas representavam a natureza, os problemas sociais e urbanos, valorizavam as emoções e os sentimentos em suas obras de arte. Na Alemanha, podemos destacar as obras místicas de Caspar David Friedrich, enquanto na Inglaterra John Constable traçava obras com forte crítica à urbanização e aos problemas gerados pela Revolução Industrial.

Literatura

Foi através da poesia lírica que o romantismo ganhou formato na literatura dos séculos XVIII e XIX. Os poetas românticos usavam e abusavam das metáforas, palavras estrangeiras, frases diretas e comparações. Os principais temas abordados eram : amores platônicos, acontecimentos históricos nacionais, a morte e seus mistérios. As principais obras românticas são: Cantos e Inocência do poeta inglês William Blake, Os Sofrimentos do Jovem Werther e Fausto do alemão Goethe, Baladas Líricas do inglês William Wordsworth e diversas poesias de Lord Byron. Na França, destaca-se Os Miseráveis de Victor Hugo e Os Três Mosqueteiros de Alexandre Dumas.

Música

Na música ocorre a valorização da liberdade de expressão, das emoções e a utilização de todos os recursos da orquestra. Os assuntos de cunho popular, folclórico e nacionalista ganham importância nas músicas.
Podemos destacar como músicos deste período: Ludwig van Beethoven (suas últimas obras são consideradas românticas), Franz Schubert, Carl Maria von Weber, Felix Mendelssohn, Frédéric Chopin, Robert Schumann, Hector Berlioz, Franz Liszt e Richard Wagner.

Teatro

Na dramaturgia o romantismo se manifesta valorizando a religiosidade, o individualismo, o cotidiano, a subjetividade e a obra de William Shakespeare. Os dois dramaturgos mais conhecidos desta época foram Goethe e Friedrich von Schiller. Victor Hugo também merece destaque, pois levou várias inovações ao teatro. Em Portugal, podemos destacar o teatro de Almeida Garrett.

Fonte:
· Sua Pesquisa

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Para entender o Romantismo...

...entendamos primeiro LORD BYRON!

Afinal, ele inspirou escritores como Álvares de Azevedo! ;)

***

Jorge Gordon Byron, conhecido como Lord Byron, foi um importante poeta inglês do século XIX. Nasceu da cidade de Londres em 23 de janeiro de 1788.

A obra e a personalidade romântica de Lord Byron tiveram, no início do século XIX, grande projeção no panorama literário europeu e exerceram enorme influência em seus contemporâneos, por representarem o melhor da sensibilidade da época, conferindo-lhe muito de sedução e elegância mundana. Lord Byron teve vida pessoal bastante conturbada, na juventude foi acusado de abuso sexual pela prima, homossexualismo e também foi um dos primeiros escritores a descrever os efeitos da maconha. Foi um dos principais poetas ultra-românticos,sua influencia chegou até o Brasil na obra de grandes escritores, como Álvares de Azevedo.

É considerado, na literatura inglesa, um gênio poético e um dos principais representantes do romantismo inglês. Seus poemas são carregados de inspiração exaltada, crítica social, impetuosa e violenta. Apresentam temas ligados à tristeza humana e melancolia. Seu primeiro livro de poemas foi “Horas de lazer”, escrito em 1807. Como exemplo de sua obra pode ser citado "Don Juan".

Como moda literária, o byronismo se espalhou pela Europa até as últimas décadas do século XIX, com projeções crescentes e importantes nos países jovens da América. Foram sensíveis à influência de Byron, entre muitos outros, o espanhol Espronceda, os franceses Lamartine, Vigny e Musset, os russos Puchkin e Lermontov, o argentino Esteban Echeverría e o brasileiro Álvares de Azevedo.

Versos Inscritos numa Taça Feita de um Crânio
(tradução de Castro Alves)

Não, não te assustes: não fugiu o meu espírito
Vê em mim um crânio, o único que existe
Do qual, muito ao contrário de uma fronte viva,
Tudo aquilo que flui jamais é triste.

Vivi, amei, bebi, tal como tu; morri;
Que renuncie a terra aos ossos meus
Enche! Não podes injuriar-me; tem o verme
Lábios mais repugnantes do que os teus.

Onde outrora brilhou, talvez, minha razão,
Para ajudar os outros brilhe agora e;
Substituto haverá mais nobre que o vinho
Se o nosso cérebro já se perdeu?

Bebe enquanto puderes; quando tu e os teus
Já tiverdes partido, uma outra gente
Possa te redimir da terra que te abraça,
E festeje com o morto e a própria rima tente.

E por que não? Se as frontes geram tal tristeza
Através da existência - curto dia -
Redimidas dos vermes e da argila
Ao menos possam ter alguma serventia.



Fonte:
· Sua Pesquisa 
· Beatrix 

Rimas

É a identidade ou semelhança de sons no final (rima final) ou no interior (rima interna) dos versos.

  • São chamados versos brancos aqueles que não apresentam rima final.
  • São chamados poemas em forma fixa aqueles que são submetidos a regras determinadas quanto à combinação de versos. A mais importante produção em forma fixa é o soneto; composição de catorze versos, geralmente decassílabos ou alexandrinos, agrupados em dois quartetos e dois tercetos.
Exemplos de rima e estrofe:

a) Dístico:
"Filho meu, de nome escrito
da minh’alma no infinito.
Escrito a estrelas e sangue
no farol da rua langue...
Das tuas asas serenas
faz manto para estas penas."
(Cruz e Sousa)
  • Esquema rímico: aa bb cc

b) Sextilha:
"Por água brava ou serena
Deixamos nosso cantar,
Vendo a voz como é pequena
Sobre o comprimento do ar.
Se alguém ouvir temos pena:
Só cantamos para o mar...."
(Cecília Meireles)
  • Esquema rímico: ab ab ab

c) Oitava:
"Porém já cinco Sóis eram passados
Que dali nos partíramos, cortando
Os limares nunca de outrem navegados,
Prosperamente os ventos assoprando,
Quando uma noite, estando descuidados
Na cortadora proa vigiando,
Uma nuvem, que os ares escurece
Sobre nossas cabeças aparece."
(Camões)
  • Esquema rímico: ab ab ab cc
Os versos decassílabos são chamados heróico quando apresenta tônicas obrigatórias na 6ª e 10ª sílabas; é chamado sáfico quando as tônicas estão na 3ª ou 4ª, 8ª e 10ª sílabas.

d) Soneto
Soneto de Separação

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente. 

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

(Vinícius de Moraes)

Quanto ao vocábulo empregado, as rimas podem ser classificadas ainda como:

pobre: entre palavras da mesma categoria gramatical : amor/flor, amoroso/doloroso, calar/falar.

rica: entre palavras de categorias gramaticais diferentes: arde/covarde, penas/apenas, fino/menino.

preciosa ou rara: terminações não comuns: vê-la/estrela, sê-lo/pêlo, há-de/saudade; cisne/tisne, estirpe/extirpe.

Quanto ao posicionamento, as rimas se classificam em:

a) emparelhadas: AABB/ AAABBB/ AABBCCDD

b) alternadas: ABAB/ ABABAB/ ABCABC

c) entrelaçadas ou opostas: ABBA/ ABBBA

d) internas
"Olhos, olhos de boi pendidos vertem
Prantos por quem se foi. Ouvidos ouvem,
Calam. Crepes enlutam as janelas.
Fundas ouças escutam seus gemidos."
(Jorge de Lima)

e) internas encadeadas:
"Já serena desde a tarde
Já não arde o sol formoso;
Vem saudoso o brando vento
Doce alento respirar."

Encadeamento ou enjambement

Quando a pausa da entonação não coincide com o final do verso, com a estrutura sintática ou mesmo com a estrutura fonológica.

"Quanta gente que zomba do desgosto
mudo, da angústia que não molha o rosto."

(Guilherme de Almeida)

"São nuvens de oxigênio
Teus vestidos? São de vidro?
Ou são vapores de hidro-
Gênio?"

(Martins Fontes)

"Que repórteres são esses
entrevistando um silêncio?
O Correio, Globo, Estado,Manchete, France-Press, telef
otografando o invisível?"

(Carlos Drumond de Andrade)

* Texto retirado do site Por Trás das Letras

Resolução de Atividades

Arcadismo
Apostila 1 - Pag. 16 - Semi-Extensivo

1. Alternativa c

2. Alternativa a

3. Alternativa c

4.
a) No poema, a natureza representa um argumento de sedução do eu lírico, por meio da sugestão de que preservar a espécie é uma lei da natureza à qual todo ser está obrigado. Os elementos da natureza exemplificam as leis naturais e às quais também a pastora de se sujeitar.

b) São elementos clássicos presentes no poema: o formalismo - métrica regular; e emprego da mitologia (Amor = Cupido ou Eros)

Exemplo de métrica regular:

"Ma/rí/lia/, de/ que/ te/ que/ixas? (7 sílabas; sílaba tônica: "quei")
De/ que/ te/ rou/bou/ Dir/ceu/ (7 sílabas; sílaba tônica: "ceu")
O/ sin/ce/ro/ co/ra/ção?/ (7 sílabas; sílaba tônica: "ção")
Não/ te/ deu/ tam/bém/ o/ seu?/ (7 sílabas; sílaba tônica: "seu")
E/ tu/, Ma/rí/lia/, pri/mei/ro (7 sílabas; sílaba tônica: "mei")
Não/ lhe/ lan/ças/te o/ gri/lhão?/ (7 sílabas; sílaba tônica: "lhão")
To/dos/ a/mam/, só/ Ma/rí/lia (7 sílabas; sílaba tônica: "rí")
Des/ta/ lei/ da/ na/tu/re/za (7 sílabas; sílaba tônica: "re")
Que/ri/a/ ter/ i/sen/ção?/" (7 sílabas; sílaba tônica: "ção")

Resolução de Atividades

Quinhentismo / Barroco
Apostila 1 - Pag. 11 e 12 - Semi-Extensivo

1. V / F / V

2. V / V / V / F

3. Alternativa a

4. Alternativa a

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Resumos de Livros

Abaixo segue uma lista bem interessante com links para resumos de livros.

Retirei a lista do site Vestibular 1. Lá há mais informações sobre vestibular. Visitem.

Nem todos os livros relacionados abaixo são pedidos no vestibular 2009.
Portanto, pesquise a lista correspondente à faculdade que você irá fazer a prova. Num post anterior eu relacionei as listas de algumas faculdades. É só procurar!

Mas lembrem-se: Leiam os livros na íntegra! O resumo só deve ser usado para relembrar as histórias. Eles não contêm todos os detalhes que a obra tem.

Então, segue a lista em ordem alfabética:

A

A Bicicleta Azul - Régine Deforges
A casa da Madrinha - Lygia Bojunga Nunes
A Cidade e as Serras - Eça de Queirós
A Escrava Isaura - Bernardo Guimarães
A Faca de Dois Gumes - Fernando Sabino
A Farsa de Inês Pereira - Gil Vicente
A Hora da Estrela - Clarice Lispector
A Hora e Vez de Augusto Matraga - Guimarães Rosa
A ilustre casa de Ramires - Eça de Queirós
Agosto - Rubem Fonseca
Alguma Poesia - Carlos Drummond de Andrade
Alves & Cia. - Eça de Queirós
A Lira dos Vinte Anos - Álvares de Azevedo
A lista de Alice - Herbert de Souza (Betinho)
A majestade do Xingu - Moacyr Scliar
Amar Verbo Intransitivo - Mário de Andrade
Amor de Perdição - Camilo Castelo Branco
A Moreninha - Joaquim Manuel de Macedo
A Morte e a Morte de Quincas Berro d'Água- Jorge Amado
Angustia - Graciliano Ramos
Antologia Poética - Carlos Drummond de Andrade
A Paixão Medida - Carlos Drummond de Andrade
A Relíquia - Eça de Queirós
Auto da Barca do Inferno
Auto da Compadecida (teatro) Ariano Suassuna

*****

B

Bandoleiros - João Gilberto Noll
Boca do Inferno - Ana Miranda
Bom Crioulo - Adolfo Caminha
Brás, Bexiga e Barra Funda - Antônio de Alcântara Machado
Broquéis - Cruz e Sousa

*****

C

Campo Geral - Guimarães Rosa
Cartas de Camões - Luís Vaz de Camões
Casa de Pensão - Aluísio Azevedo
Cem dias entre o céu e o mar - Amyr Klink
Cidades Mortas - Monteiro Lobato
Clara dos Anjos - Lima Barreto
Comédias da Vida Privada - Luiz Fernando Veríssimo
Contos Escolhidos - Rubem Braga
Contos Novos - Mário de Andrade
Conversa de bois - José Guimarães Rosa
Coração, Cabeça e Estômago - Camilo Castelo Branco

*****

D

Desmundo - Ana Miranda
Dom Casmurro - Machado de Assis
Dona Flor e seus dois maridos - Jorge Amado
Dom Quixote de La Mancha - Miguel de Cervantes


*****

E

Encarnação - José de Alencar
Esaú e Jacó - Machado de Assis
Espumas Flutuantes - Castro Alves
Estação Carandiru - Drauzio Varella
Eu e outras poesias - Augusto dos Anjos

*****

F

Falenas - Machado de Assis
Filomena Borges - Aluísio Azevedo
Fogo Morto - José Lins do Rego
Felicidade Clandestina - Clarice Lispector
Farewell - Carlos Drummond de Andrade

*****

G

Gabriela Cravo e Canela
Geração do Deserto - Guido Wilmar Sassi
Grande Sertão Veredas - Guimarães Rosa

*****

H

Helena - Machado de Assis
Hilda Furacão - Roberto Drummond
História e Sonhos - Lima Barreto

*****

I

I-Juca Pirama - Gonçalves Dias
Iaiá Garcia - Machado de Assis
Incidente em Antares - Érico Veríssimo
Inocência - Visconde de Taunay
Iracema - José de Alencar

*****

L

Laços de Família - Clarice Lispector
Lavadeiras - Cora Coralina
Lavoura Arcaica - Raduan Nassar
Lira dos Vinte Anos - Álvares de Azevedo
Lucíola - José de Alencar

*****

M

Macunaíma - Mário de Andrade
Madame Pommery - José Maria de Toledo Malta
Manuelzão e Miguilim - Guimarães Rosa
Mar Absoluto - Cecília Meireles
Mar Morto - Jorge Amado
Martini Seco - Fernando Sabino
Marília de Dirceu - Tomás Antônio Gonzaga
Memorial de Aires - Machado de Assis
Memorial do Convento - José Saramago
Memórias de um sargento de milícias - Manuel Antônio de Almeida
Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis
Memórias Sentimentais de João Miramar - Oswald de Andrvade
Morte e Vida Severina - João Cabral de Melo Neto

*****

N

Navio Negreiro - Castro Alves
Negrinha - Monteiro Lobato
No Moinho - Eça de Queirós
No tempo das tangerinas - Urda Alice Klueger
Noite na Taverna - Álvares de Azevedo

*****

O

O Alienista - Machado de Assis
O Amanuense Belmiro (Cyro dos Anjos)
O Ateneu - Raul de Pompéia
O Auto do Frade - João Cabral de Melo Neto
O Colocador de Pronomes - de Monteiro Lobato
O Cortiço - Aluísio Azevedo
O Crime do Padre Amaro - Eça de Queirós
O Encontro Marcado - Fernando Sabino
O Guarani - José de Alencar
O Homem do Furo na Mão e Outros Contos - Ignácio de Loyola Brandão
O Memorial do Convento - José Saramago
O Mulato - Aluísio Azevedo
O Noviço - Martins Pena
O Primo Basílio - Eça de Queirós
O Quinze - Rachel de Queiroz
O Romanceiro da Inconfidência - Cecília Meireles
O Suave Milagre - Eça de Queiroz
O Seminarista - Bernardo Guimarães
O Sermão da Sexagésima - Padre Antônio Vieira
Os Cus de Judas - António Lobo Antunes
Os Desastres de Sofia, Clarice Lispector
Os Escravos - Castro Alves
Os Lusíadas - Camões
Os Lusíadas - Camões Episódio: Inês de Castro
Os Lusíadas - Camões Episódio: O Velho Do Rastelo
Os Melhores Contos de Lima Barreto
Os Melhores Contos Rubem Braga
Os Melhores Poemas - Mário Quintana
Os Papéis do Coronel - Harry Laus

*****

P

Pareceres do Tempo - Machado de Assis
Pedra do Sono - João Cabral de Melo Neto
Poemas Escolhidos - Cecília Meireles
Primeiras Estórias - Guimarães Rosa
Pai Rico, Pai Pobre

*****

Q

Quarup - Antônio Calado
Quase Memória. Quase Romance - Carlos Heitor Cony
Quincas Borba - Machado de Assis

*****

R

Recado do Morro - Guimarães Rosa
Recordações do Escrivão Isaías Caminha - Lima Barreto

Riacho Doce - José Lins do Rego


*****

S

São Bernardo - Graciliano Ramos
Senhora - José de Alencar
Sentimento do Mundo - Carlos Drummond de Andrade
Sonetos - Camões
Sorrisos Meio Sacanas - Sérgio da Costa Ramos

*****

T

Tenda dos Milagres - Jorge Amado
Terras dos Sem Fim - Jorge Amado
Tocaia Grande - Jorge Amado
Triste Fim de Policarpo Quaresma - Lima Barreto
Tudo Começou com Maquiavel - Luciano Gruppi
Tutaméia - João Guimarães Rosa

*****

U

Ubirajara - José de Alencar
Últimos Sonetos - Cruz Souza
Uma Noite no Lírico - Lima Barreto
Uma Poética de Romance - Autran Dourado
Uma Pupila Rica - Joaquim Manuel de Macedo
Um Certo Capitão Rodrigo - Érico Veríssimo
Um Copo de Cólera - Raduam Nassar
Um Lugar ao Sol - Érico Veríssimo
Um Crime Delicado - Sérgio Sant'Anna

*****

V

Valsa Para Bruno Stein - Charles Kiefer
Venha Ver o Pôr-do-Sol e Outros Contos - Lygia Fahundes Telles
Vida e Cultura Açoriana em Santa Catarina - Raimundo Caruso
Vidas Secas - Graciliano Ramos
Vinte e Um Dedos de Prosa - Vários Autores
Vontade de Viver - Régine Deforges


*****

Boa leitura! ;)